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Comportamento

   

Escrito por Revista Staff

Ecstasy

Ecstasy: um nome atraente para uma droga perigosa.

Também chamada de “droga do amor”, o ecstasy é uma droga psicoativa, conhecida quimicamente como 3,4-metilenodioximentanfetamina e abreviada por MDMA. É uma droga sintética, ou seja, é feita em laboratório e não é uma substância natural.

O MDMA foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor de apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade. Somente nos anos de 1960 foi redescoberto, sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. Na década de 1970 passou a ser consumido recreativamente, sendo disseminado principalmente entre estudantes universitários. O uso dessa droga é proibido em vários países, inclusive no Brasil. O ecstasy tornou-se ilegal em 1985, 63 anos depois de sua invenção. O uso do ecstasy concentra-se nas boates, nos ambientes classificados como “rave”, onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. Como o uso do ecstasy está se tornando comum, as pesquisas sobre ele estão aumentando.

Embora esse modo de utilização não seja mais empregado, o ecstasy pode ser injetado via intravenosa. Teoricamente ele também pode ser inalado sob a forma de vapor, pois pode ser apresentado como base livre, que é uma composição farmacológica que permite a evaporação do composto. Atualmente o consumo ilegal do ecstasy tem sido realizado na forma de comprimidos via oral. Quando foi sintetizado pela primeira vez, a finalidade era o uso medicamentoso, portanto nada mais razoável do que a apresentação como comprimidos. A dose recreacional varia de 50 a 150 mg em dose única, mas como esse mercado é ilegal e não existe controle de qualidade as doses variam de fornecedor a fornecedor e a substância em si pode ser adulterada. Muitas vezes o traficante vende simples adrenalina como se fosse o ecstasy.

Com a ingestão do comprimido de ecstasy, o tempo para fazer efeito é de uma hora e o pico acontece duas horas depois, com duração de mais seis horas aproximadamente. Em pessoas que possuem maiores quantidades de enzimas metabolizadoras, o efeito do ecstasy pode durar menos tempo.

Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de bem-estar (pois o MDMA estimula a liberação de serotonina que é uma substância que também regula as sensações de prazer), grande capacidade física e mental, euforia e aumento da socialização e extroversão, e alucinações táteis durante as quais a pessoa fica ultrassensível ao toque e há um aumento na afetividade (daí o apelido “droga do amor”).

Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento na tensão muscular, aumento na atividade motora, aumento na temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda de apetite, visão borrada, boca seca, insônia. Nos dias seguintes ao consumo do ecstasy a pressão arterial tende a oscilar mais que o habitual. O aumento do estado de alerta pode levar a uma hiperatividade e fuga de ideias. Alucinações podem ocorrer, bem como despersonalização, ansiedade, agitação, e comportamentos bizarros. Algumas vezes pode levar a crises de pânico e episódios breves de psicose que se resolve quando a droga cessa de atuar. No dia seguinte ou nos dois dias seguintes ao uso é comum acontecer uma sensação oposta aos efeitos desejados. Os usuários podem ficar deprimidos, com dificuldade de concentração, ansiosos e fatigados. Pode ocorrer desidratação. Para quem está com o corpo quente e dançando sem parar, leva à perda excessiva de água pelo corpo. Apesar desses efeitos os usuários tendem a considerar o resultado final como vantajoso, como os alcoólatras podem achar que uma ressaca não tem importância.

Os efeitos a longo prazo são desagradáveis e prejuízos são observados com o uso. As altas concentrações de serotonina na fenda sináptica provocadas pelo ecstasy provocam lesões celulares irreversíveis. Os neurônios não se regeneram e quando são lesadas suas funções só se recuperam se outros neurônios compensarem a função perdida. Quando isso não é possível a função é definitivamente perdida. O ecstasy tem propriedades neurotóxicas que levam seus usuários a perturbações mentais ou comportamentais. Os problemas resultantes mais comuns são:

- Dificuldade de memória tanto verbal como visual;

- Dificuldade de tomar decisões;

- Impulsividade e perda do autocontrole;

- Ataques de pânico;

- Recorrência de paranoia, alucinações, despersonalização;

- Depressão profunda.

O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxidade, o quadro evolui para hepatite fulminante, podendo causar morte caso não haja um transplante de fígado.

No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos.

O uso do ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que pode levar à morte. O aumento da temperatura do corpo tem alguns sintomas como desorientação, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio.

Há quatro tipos básicos de toxicidade física causada pelo ecstasy: a hipertermia, a neurotoxidade, a cardiotoxidade e a hepatotoxidade.

A hepatotoxidade é a lesão hepática (no fígado) provocada pelo ecstasy, que se manifesta clinicamente como uma leve hepatite viral na qual o paciente fica ictérico (amarelado) e com o fígado aumentado e amolecido, podendo evoluir para uma hepatite fulminante.

A cardiotoxidade é caracterizada por aumento da pressão arterial e aceleração do ritmo cardíaco. Essas alterações têm sido registradas pelo quadro clínico e pela análise necropsial, encontrando-se hemorragias intracranianas, tromboses, e sérias alterações elétricas no coração.

Quanto à toxidade cerebral ainda não há estudos suficientes, mas parece que o ecstasy provoca elevação da temperatura corporal, o que é agravado pela situação em que é usado, (nas danceterias onde há grande atividade física). Esse superaquecimento pode causar lesões no tecido cerebral, que é muito sensível. Convulsões também já foram relatadas pelo uso do ecstasy.

Além de danos cerebrais, a hipertermia (aquecimento do corpo) pode levar a um “entupimento” dos rins, o que pode danificá-los permanentemente. Outro efeito extremamente grave é a coagulação intravascular disseminada, que geralmente leva à morte.

Os riscos de dependência física são incertos, não há evidências que ocorra. O que se sabe é que o ecstasy não dispara compulsão física por novas doses e não causa abstinência. Mas pode causar dependência psicológica: há pessoas que só conseguem se divertir numa festa se tem uma “bala” para tomar, mas já encontramos na literatura específica relatos de casos compatíveis com dependência ao ecstasy.

   


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